Uma iniciativa que visa aumentar a eficácia da formação nas prisões com recurso a ferramentas inovadoras e envolventes
As oportunidades de formação são limitadas nas prisões devido à falta de acesso e à incapacidade de replicação de ambientes de trabalho, equipamentos e instalações técnicas, em particular nos pequenos centros de detenção. Para os reclusos, as vantagens de participar em atividades de formação e educação são múltiplas. Em particular, aumentam as suas hipóteses de conseguirem ingressar no mercado de trabalho quando as suas sentenças terminam. Esta promoção do acesso ao emprego consiste numa das principais condições que levam a uma maior eficiência na reabilitação da autonomia, reduzindo também o risco de reincidência. A Realidade Virtual na Formação de Reclusos (ViRTI) pretende criar ambientes virtuais que suprimam a falta de laboratórios, materiais ou ferramentas ao introduzir funcionalidades interativas e de gamificação nos conteúdos de aprendizagem de modo a atrair mais participantes, promovendo a sua motivação e reduzindo as taxas de desistência.

A metodologia será desenvolvida no setor da construção, de modo a sensibilizar os participantes para as diferentes linhas de emprego nesta área
Objetivos
- Motivar os reclusos a participarem na formação;
- Fornecer ambientes de formação que não são acessíveis nas prisões;
- Desenvolver competências básicas e transversais através de interações permitidas pela Realidade Virtual (RV).
Atividades
- Pesquisar o uso da RV para fins educativos e de formação, bem como em ambientes fechados;
- Analisar o que pode ser feito nas prisões com as tecnologias e produtos existentes;
- Determinar as condições para uma inclusão bem-sucedida com recurso à RV;
- Desenvolver e testar em reclusos cápsulas de RV com base em vídeos de 360° integrando recursos interativos no setor de construção;
- Elaborar diretrizes dirigidas às várias partes interessadas (administração, formadores, organizações de financiamento) para a utilização da RV na formação de reclusos.
